Renato Suttana - Altiplano (2017)
Brochura, em papel polen soft 80gr, 124págs.
Formato: 20x14cm.
Tiragem de 70 exemplares.

R$ 24,00 (+ R$6,00 de envio - registrado econômico)

Renato Suttana planta às margens dos grandes centros culturais (e editoriais) do país um livro após outro ao longo de mais de uma década, formando uma bibliografia não apenas significativa, mas também substancial. Isso porque seus livros são pensados, criados e refletidos dentro de uma concepção que se poderia dizer clássica, medida entre o subjetivo e o objetivo, entre a liberdade do verso livre e os rigores da metrificação.
  E a novidade aí não está na subordinação aos rigores da forma (nestes tempos de falta de rigor), mas no inverso: no uso dos rigores da forma para servir as flexibilidades e belezas da língua portuguesa.
  Esse seu domínio da forma, que também lhe é utilíssima no seu ofício como tradutor de poesia (que vai de Petrarca a Baudelaire, e de Blake a Lovecraft), lhe permite fazer uma poesia mais fluída e sonora, de uma musicalidade muitas vezes verlaineana.
  Sua poesia, que se mantém em equilíbrio entre o subjetivo e o objetivo, algumas vezes em tons biológicos (bichos, pássaros, árvores), outras vezes em tons tipicamente noturnos (noite, sono, escuridão), tem também seu pendor para o metafísico, para aquele inominável sentimento de sermos partícipes de alguma grandeza oculta, ou do pesado sentimento da completa vanidade de tudo.
  Seja nos versos regidos sob a métrica, seja em versos livres, percebe-se uma fluência e uma unidade subterrânea que lhe é peculiar. Sem ser intimista, Renato Suttana e sua poesia parecem fundir-se numa unidade.
  Altiplano se constitui, assim, dentro da imensa floresta da poesia nacional, justamente o que o nome diz, um Altiplano.
Camilo Prado









Renato Suttana - Outros Bichos (2011)
Brochura, em papel pólen bold 90gr, 100págs.
Formato: 20x12,5cm.
Tiragem de 60 exemplares.

[esgotado]

“Renato Suttana propõe-nos neste livro uma continuação da demanda iniciada numa colectânea de poemas anterior, intitulada Bichos. Tal como no livro precedente, um punhado de textos em geral curtos apresenta-nos um conjunto de animais que acolheram o olhar e/ou a simpatia do autor empírico. Estáticos na sua maioria, os quadros onde os diversos seres surgem sobressaem pelo seu poder legendário. Sem ser biólogo, Suttana observa cada um dos bichos com cuidados de analista e apresenta-nos o seu relato que, se não conflui com os territórios da fábula, também não se limita à mera representação de atitudes e características. Investiga, escava, interpreta e apresenta essa parcela da vasta realidade que cerca o ser humano, procedendo a uma constante interrogação sobre o outro, até atingir leituras, provisórias mas válidas (como todos os textos saídos da Arte), que tanto podem assumir a forma de uma legenda quanto a de um aforismo versificado (e, quantas vezes, subvertido pelas exigências da dúvida perante o segredo), passando ainda por micronarrativas que nos seduzem pelo seu poder de sugestão e de evocação." [Ruy Ventura]
Renato Suttana (1966) é professor da Universidade Federal da Grande Dourados e autor dos livros Visita do fantasma na noite (2002), O livro da noite (2005), João Cabral de Melo Neto: o poeta e a voz da modernidade (2005), Bichos (2005), Uma poética do deslimite: poema e imagem na obra de Manoel de Barros (2009), Fim do verão (2009), Bicicletas (2010) e Qualquer um (2010), além de outros editados em formato eletrônico na internet. Tem traduzido para o português contistas e poetas de língua inglesa e espanhola

Pela Nephelibata publicou as traduções de Howard Phillips Lovecraft: A Música de Erich Zann, Giacomo Leopardi: Cantos, Ambrose Bierce: Um Cavaleiro no Céu e, a sair, Charles Baudelaire: Elevação e outros poemas.

Nephelibatas em movimento